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                   MAX EFRAIN PEREZ 
                  ( Bolívia ) 
                    
                  (  Salinas de Garci Mendoza , departamento de Oruro , Bolívia , 18 de novembro de  1932) é um poeta e ensaísta latino-americano, advogado, professor  universitário, mestre em Administração Educacional e Literatura  Latino-americana. Inicialmente, ele seguiu sua prolífica carreira como poeta e  escritor, juntamente com suas atividades profissionais como advogado e  professor em La Paz , Bolívia , até 1971, ano em que foi preso pelo governo  ditatorial de Hugo Banzer  em 1972, foi  enviado à força para o exílio na Venezuela . Na Venezuela mudou-se para a  cidade de San Fernando de Apure; Lá ele primeiro ensina Literatura e Francês,  em Instituições de Ensino Secundário,   depois no Ensino Superior em Upel, ele também inicia atividades Literárias  e Culturais, participando e promovendo a Associação de Escritores da Venezuela  Seção Apure, Círculo de Escritores. 
                  Livros: Um  verso na maleta de um viajante . Coletânea de poemas. Editorial  Kipus. 2013; Pergunte se eu tenho um país . Caracas,  UCV, 1977; Perfis da literatura jovem venezuelana . Caracas,  Associação de Escritores da Venezuela, 1996; Coplerio e poesia de Apureña . 2000; Tempos de dor e amor . 2001; Antologia Mínima . 2003; Brilho e blackout das letras venezuelanas . 2006; Os poetas e a poesia insurgente de Apure . 2007; Trastos e memorial ao vento, crônicas de um passado nebuloso,  2007. 
                    
                    
                  TEXTO  EN ESPAÑOL – TEXTO EM PORTUGUÊS 
                    
                  
                  BEDREGAL, Yolanda.  Antología de la poesía boliviana. La Paz: Editorial Los Amigos del Libro, 1977.  627 p.   13,5x19 cm       Ex. bibl.  Antonio Miranda 
                     
                     
                   
                  SOL ROJO DE TEOPONTE  
                  HOMENAJE A LOS HEROES SACRIFICADOS 
                    
                  Aquí revienta un Sol de  libertad 
                    sobre los hombros dos pájaros. 
                    Aquí el vento mañanero, recoge 
                    el cálido mensaje de los huesos. 
                    Aquí la razón no tiene sitio. 
                    porque nació mutilada. 
                    No existe un brazo tierno 
                    porque la jungla se adueñó 
                    de su calor primaveral. 
                    Aquí cortando la luz del alba, 
                    trepa por los oídos del monte 
                    la voz de una madre que aprende 
                    a sentirse heroína. 
                  Aquí la soledad es más  fuerte 
                    que un cautiverio de siglos. 
                    Aquí sobre los troncos del recuerdo 
                    se enredan todas las canciones. 
                    La voz del hermano, voz múltiple 
                    empuñando la fe, voz paternal 
                    de alguien que perdió su barco. 
                    De la novia que amaneció empañada 
                    bajo un sol rojo, voz solitaria 
                    que se pierde entre los árboles. 
   
                    Aquí, perdido en la espesura del hambre 
                    yace un fusil abandonado. 
                    Aquí la rosa sangrienta de octubre, 
                    dejó su protesta acorralada. 
                    Aquí talando la corteza muda, 
                    la simiente crece con el llanto 
                    de una guitarra embravecida. 
                    —Benjo Cruz, ya no cantarás solo, 
                    porque la música absorbente 
                    de tu nombre corre por el pueblo.— 
                    ¡Cuidado! Soldado boliviano, 
                    que la sangre tiñe rojo, ¡rojo! 
                    y puedes perder a tu hermano… 
   
                    La gente sencilla piensa 
                    que la jerga militar 
                    es más buena para el gringo, 
                    cuando está bañada 
                    en sangre hermana… 
   
                    Ayer, vieron reunirse el Alto Mando. 
                    Bebían whisky, abundante ron. 
                    Y jugaban, jugaban a los dados 
                    tu vida, Pedrito. 
                    Y reían, reían como el moscardón 
                    que perforó tu sueño, Raúl Ibargüen. 
                    Arriba.  Muy arriba ladran 
                    esos siniestros pajarracos de metal. 
                    No disparen, ¡Carajos! 
                    Aquí está la patria invencible, 
                    aquí el pueblo, la juventud 
                    fisil en bandolera. 
                    Aquí están cubriendo la barricada: 
                    Adolfo, desde el pajonal encrespado 
                    de su rebeldía. 
                    Emilio y Eduardo, tres granadas 
                    encendidas para un tiempo cansado. 
                    No te detengas, Juan José 
                    que la bestia no perdona su presa. 
                  ¡adelante! Combatiente  verde olivo 
                    que el guardián husmea tus zapatos 
                    y puede sorprenderte mañana. 
   
                    Aquí sobre una temperatura 
                    de muerte, vibra un canto prodigioso 
                    de la vida, del tiempo nuevo. 
                    Aquí de los cuerpos mutilados, 
                    de los ojos yertos, de la cal 
                    fermentada. 
                    Aquí de la voz desfallecida, 
                    de los andrajos, de las manos 
                    adormecidas, 
                    nace un vibrante himno rojo, ¡rojo! 
                    el Sol de Teponte…  
                    
                   TEXTO EM PORTUGUÊS 
                  Tradução de ANTONIO  MIRANDA 
                                      
                  SOL VERMELHO DE TEOPONTE  
                  HOMENAGEM  AOS HERÓIS SACRIFICADOS 
                    
                  Aqui rebenta um Sol de liberdade 
                    sobre os ombros dos pássaros. 
                    Aqui o vento matinal, recolhe 
                    a cálida mensagem dos ossos. 
                    Aqui a razão não tem lugar, 
                    porque nació mutilada. 
                    No existe un brazo tierno 
                    porque a selva se apossou 
                    de seu calor primaveril. 
                    Aqui cortando a luz da alvorada, 
                    trepa pelos ouvidos do monte 
                    a voz de uma mãe que aprende 
                    a sentir-se heroína. 
                  Aqui a solidão é mais forte 
                    que um cautiveiro de séculos. 
                    Aquí sobre os troncos da lembrança 
                    enredam-se todas as canções. 
                    A voz do irmão, voz múltiple 
                    empunhando a fé, voz paternal 
                    de alguém que perdeu o seu barco. 
                    Da noiva que amanheceu enfaixada 
                    sob um sol vermelho, voz solitária 
                    que se perde entre as árvores. 
   
                    Aqui, perdido na espessura da fome 
                    jaz um fuzil abandonado. 
                    Aqui a rosa sangrenta de outubro, 
                    deixou sua protesta encurralada. 
                    Aquí cortando o córtex mudo, 
                    a semente cresce com o pranto 
                    de uma guitarra embravecida. 
                    —Benjo Cruz, já não cantarás sozinho, 
                    porque a música absorvente 
                    de teu nome corre pelo povoado.— 
                    Cuidado! Soldado boliviano, 
                    que o sangue tinge vermelho, vermelho! 
                    e podes perder o teu irmão… 
   
                    A gente simples pensa 
                    que a gíria militar 
                    é melhor para o gringo, 
                    quando está banhada 
                    em sangre irmão… 
   
                    Ontem, viram reunir-se o Alto Comando. 
                    Bebiam whisky, abundante rum. 
                    E jugavam, jugavam com os dados 
                    tua vida, Pedrito. 
                    E riam, riam como o vespão 
                    que perfurou teu sonho, Raúl Ibargüen. 
                    Em cima.  Bem encima ladram 
                    esses sinistros e enormes pássaros de metal. 
                    Não disparem, ¡Caralhos! 
                    Aqui está a pátria invencível, 
                    aqui o povo, a juventude 
                    fuzil em bandoleira. 
                    Aquí estão cobrindo a barricada: 
                    Adolfo, desde o restolhal encrespado 
                    de sua rebeldia. 
                    Emilio y Eduardo, três granadas 
                    acesas para um tempo cansado. 
                    Não te detenhas, Juan José 
                    que a besta não perdoa sua presa. 
                  adiante! Combatente  verde oliva 
                    que o guardião fareja nos teus zapatos 
                    e pode surpreender-te amanhã. 
   
                    Aquí numa temperatura 
                    de morte, vibra um canto prodigioso 
                    de vida, de tempo novo. 
                    Aqui dos corpos mutilados, 
                    dos olhos tesos, de cal 
                    fermentado. 
                    Aqui da voz desfalecida, 
                    dos farrapos, das mãos 
                    adormecidas, 
                    nasce um vibrante hino vermelho, vermelho! 
                    o Sol de Teponte… 
                  * 
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                  http://www.antoniomiranda.com.br/Iberoamerica/bolivia/bolivia.html  
                  Página publicada em junho de 2022                 
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